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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Família e História

Interessantes essas festas de fim de ano, quando nos deparamos mais próximos das pessoas, desejando sempre as mesmas coisas: paz, amor, saúde, dinheiro... E o engraçado é que sempre desejamos as mesmas coisas de verdade, pois é isso que queremos que as pessoas próximas de nós recebam!

Ficamos todos mais sensíveis e nos deparamos reflexivos, mais afetuosos e nos aproximamos da família! Como isso é especial!

Pensar e sentir tudo isso nesse fim de ano me fez pensar na família, na importância dela, no vínculo intenso que nos prende a ela...

Ao falar do inconsciente coletivo, Jung nos conta que pensou nessa ideia ao se questionar para onde iriam as experiências dos homens no decorrer dos anos. Será que de alguma maneira não há um registro disso tudo em nós? Será que a forma como o homem vem vivendo a vida e as relações não influenciam em como, hoje, vivemos e nos relacionamos. Ele concluiu que sim! Também entendo que sim!

Mas além disso, desse inconsciente coletivo, comum a todos os homens, e do inconsciente pessoal (de cada indivíduo), ele também fala que há um inconsciente cultural, um racial, um familiar. E é do familiar que quero falar.

O que se entende a partir dessa visão é que tal qual heranças físicas, as experiências dos ancestrais também são herdadas. De alguma maneira, há um registro do que foi vivido, e esse registro nos influencia de diversas maneiras. O que nossos pais, avós, tios, bisavós e daí em diante viveram, também fazem parte de nós, também compõem os indivíduos que somos! Portanto, entendo que conhecer tudo isso e absorver as histórias, refletir, ter a tal atitude religiosa diante delas (como falei no post anterior) contribui para nosso processo de individuação.

Afinal, não é este o processo de tornar-se si mesmo? Pois bem, como tornar-me eu mesma sem saber de onde venho, sem compreender que isso me faz eu mesma?

Independente da teoria, fato é que a família é importante!

O resgate dessa história nos completa, esclarece sentimentos, angústias, fantasias que até então não entendíamos, não sabíamos de onde vinham!!! Além disso, esse entendimento possibilita que possamos dar um novo significado a tudo isso, tornando-nos mais conscientes de nós mesmos, possibilitando que as atitudes e escolhas daí em diante sejam ainda mais inteiras e conscientes.

Portanto, procure manter esse espírito de fim de ano durante o ano todo! Se aproxime sempre desses que te completam! Olhe para trás! Aceite tudo o que te compõe, bom ou ruim, afinal, não é só de luz que vivemos, a sombra é importante ou caímos na tal "cegueira branca". E depois, religiosamente, contemple toda essa história e transforme essa carga em algo que te faça crescer ainda mais!

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